Tietê, Tejo, Sena: a obra de Paulo Prado

Carlos Berriel
Paulo Prado foi o principal organizador da Semana de Arte Moderna. Em sua breve carreira de historiador escreveu duas obras: Paulística (1925) e Retrato do Brasil (1928). Paulo Prado foi um elo entre a Geração de 70 de Portugal e os modernistas paulistas. Foi um dos principais produtores e exportadores mundiais de café, e exerceu grande influência em nome da oligarquia paulista. Sua tese sobre a história de São Paulo e do Brasil é de base racial, conforme com as teorias da época. Segundo ele, o paulista e o brasileiro são resultados de mesclas raciais específicas: o brasileiro é o resultado do português decadente, do índio lascivo e do negro corrompido pela escravidão, sendo inferior ao paulista, que descenderia do português heroico dos descobrimentos e do índio adaptado ao meio natural brasileiro: seria, portanto, uma mescla racial superior. Em decorrência, o Brasil deveria ser governado apenas pelos paulistas num sistema político sem as diluições liberais. O Modernismo, em sua concepção, expressaria nas artes esta visão da condição nacional.
Disponibilidade
Em estoque
de R$68,00 por R$57,80
.
Mais Informações
Editora Unicamp
ISBN 978-85-268-1001-3
Edição 2
Ano 2013
Páginas 312
Formato 14 X 21 cm
Idioma Português