Obsessão e psicanálise depois de Freud

Gustavo Adolfo Ramos
Há na neurose obsessiva um núcleo de loucura muito proeminente. Loucura aqui tem o sentido de falsificação violenta da realidade, de tentativa de tradução violenta, como uma identificação projetiva, que busca pôr sentido onde não há, pois ali não houve metabolização. Esse núcleo diz respeito a uma crença ou a um conjunto de crenças autorreferentes, que giram em torno da ideia de grandeza do eu. Boa parte das defesas, sobretudo aquelas que têm o caráter de controle e onipotência, visa manter esse núcleo de crenças. E este último, por sua vez, parece surgir na relação com a mãe. O obsessivo pode, então, ter criado uma “ilha”, que ele “habita” e preserva. Essa “ilha” é, talvez, a “projeção”, não no sentido psicanalítico tradicional, mas no imagético-geométrico, da relação com sua mãe.
Disponibilidade
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Mais Informações
Editora Unicamp
ISBN 978-85-268-0990-1
Edição
Ano 2012
Páginas 352
Formato 14 X 21 cm
Idioma Português