Psicologia social para América Latina: o resgate da psicologia da libertação

Raquel Souza Lobo Guzzo e Fernando Lacerda Júnior (org.)

Trata-se de obra que reúne importantes pesquisadores, de vários países — abordando, em especial, a obra pioneira de Matín-Baró —, e reflete sobre o papel da Psicologia frente à realidade latino-americana, marcada pela pobreza, violência, injustiça, exploração e desigualdade, consequência de um regime de dominação imperialista. Reflexão que busca criticar a Psicologia hegemônica criada para responder às demandas de uma sociedade burguesa, sobretudo nos países do hemisfério norte, e construir esforços concretos para a libertação social e histórica dos países e povos latino-americanos.

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Prefácio
A realidade interpelante e o projeto de uma Psicologia da Libertação
Mauricio Gaborit

Introdução
Sobre o sentido e a necessidade do resgate crítico da obra de Martín-Baró
Fernando Lacerda Júnior e Raquel Souza Lobo Guzzo

Parte 1
Libertação na América Latina

Capítulo 1
A Teologia da Libertação: Ligação fé–vida e a opção pelos pobres
Benedito Ferraro

Capítulo 2
Pressupostos Epistemológicos Implícitos no Conceito de Libertação
Pedrinho A. Guareschi

Capítulo 3
Ética e Construção Social da Libertação Latino-americana
Jorge Mario Flores Osorio

Parte 2
Martín-Baró e a Libertação na Psicologia: Aspectos históricos e teóricos

Capítulo 4
Ser, Fazer e Parecer: Crítica e libertação na América Latina
Maritza Montero

Capítulo 5
Uma Psicologia para América Latina
Eliete Ávila Wolff

Capítulo 6
A Psicologia Social de Martín-Baró ou o Imperativo da Crítica
Luis de la Corte Ibáñez

Capítulo 7
A Articulação Crítica entre Psicologia Ambiental, Política e Comunitária na Obra de Ignacio Martín-Baró
Bernardo Jiménez-Domínguez

Capítulo 8
Psicologia da Libertação: Condições de possibilidade
Ignacio Dobles

Capítulo 9
Para Uma Psicologia da Libertação
Ignacio Martín-Baró

Capítulo 10
Desafios e Perspectivas da Psicologia Latino-americana
Ignacio Martín-Baró

Parte 3
Psicologia, Mudança Social e Direitos Humanos

Capítulo 11
Globalização, Pobreza e Justiça Social: Papéis para os psicólogos
Tod Sloan

Capítulo 12
Memória Histórica: Reverter a história a partir das vítimas
Mauricio Gaborit

Capítulo 13
A Psicologia Social e Seu Papel nos Processos de Libertação Social
Leoncio Camino, Roberto Mendonza Pinto e Eliana Ismael

Capítulo 14
A Violência Política e o Conflito Armado na Colômbia: Limites e possibilidades para a Psicologia da Libertação
Angela Maria Estrada

Capítulo 15
O Que É Psicologia da Libertação? É Psicologia Cultural
Carl Ratner

Sobre os Autores

A obra de Martin-Baró foi pioneira em refletir sobre o papel da Psicologia frente à realidade latino-americana, marcada pela pobreza, violência, injustiça, exploração e desigualdade, consequência de um regime de dominação imperialista. Sua reflexão buscou criticar a Psicologia hegemônica criada para responder às demandas de uma sociedade burguesa, sobretudo nos países do hemisfério norte, e construiu esforços concretos para a libertação social e histórica dos países e povos latino-americanos.
Este livro contém trabalhos, conferências e outras apresentações do Sexto Congresso Internacional da Psicologia Social da Libertação, realizado em Campinas em 2003, como uma prática que se repete, anualmente, desde o assassinato dos jesuítas em El Salvador, dentro da Universidade Centro Americana, em 16 de novembro de 1989. O homem é produto de sua própria história, o que inclui tanto os determinismos biológicos como os sociais, o impacto das forças que confluem no indivíduo e as ações que o indivíduo realiza na mescla dessas forças. Assim, o trabalho fundamental da Psicologia Social é o de acompanhar as maiorias populares em seu processo de libertação das amarras que impedem a emancipação plena, tanto social quanto política.
As ideias aqui apresentadas levam à reflexão de que as possibilidades de análise e transformação da realidade passam, necessariamente, por um processo de libertação e emancipação construído e defendido pelas pessoas que sofrem as consequências mais deletérias do sistema capitalista – os pobres e oprimidos.
Trata-se de uma obra que reúne importantes pesquisadores de vários países e discute temas com os quais a Psicologia dominante não tem relação, apresenta uma nova face desta ciência e profissão cuja responsabilidade de construção e visibilidade é a daqueles que, pela análise marxista da realidade, posicionam-se contrários à dominação capitalista e lutam por uma sociedade diferente.

Mais Informações
Editora Alínea
ISBN 978-65-5755-037-3
Edição 3
Ano 2022
Páginas 322
Formato 160 x 230 mm
Idioma Português

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